Domingo por estes lados é mesmo o dia do Senhor.
Ir à Igreja faz-se de modo diferente do que se pratica em terras lusas.
Os populares vão - se possível - todo o dia; no mínimo, toda a manhã.
A fé aqui tem pesadas influências não católicas. Sente-se, forte, a mão das missões protestantes ou, como se diz hoje, evangélicas, talvez porque nestes lados o peso britânico foi - e diluído e aculturado vindo pela África do Sul continua a ser - muito presente. Também se vêem muitos muçulmanos, mas a forma de estar deste grupo é mais discreta e introspectiva.
Aos católicos basta a ida à missa, ou no Sábado ao fim do dia ou no Domingo de manhã.
A festa grande é a evangélica.
É ver logo de manhã a azáfama dos bairros populares, com as mães vestidas de branco imaculado, com a capulana em cima para não sujar, os chapéus enormes, o branco mais branco e o sorriso mais doce. Os pais de fato e gravata. E é assim até ao fim do dia. Que é de festa, de convívio.
Uma alegria esfusiante, até voltar para casa, a capulana em cima do branco domingueiro, a amarrar a criança que já dorme...volta-se a pé, de carro e de chapa.
Volta-se cansado e feliz.
E na segunda recomeça o dia de trabalho.
Devagar.