se vai ao longe? ou nunca se chega? Em terras do Índico, vamos abrandar...
12
Out 11
publicado por devagar, às 22:02link do post | comentar | ver comentários (2)

Vou passar 3 meses longe do Maputo, cidade que tenho aprendido a amar apesar dos seus anacronismos do seu look decadente, dos vendedores que parecem melgas à nossa volta e da mania que a cidade tem de que não precisa de aprender nada.

Tudo vou pondo para trás das costas, e todos os dias vou apreciando mais o doce ritmo do Índico, à medida que vou aprendendo a cidade, que alberga enorme população negra em bairros que a cercam e um punhado de brancos na zona alta e velha e decadente - mas cheia de charme. Aqui há Tugas recém-chegados, à procura de um modo de vida fácil (erro fatal) outros da velha cepa, castigados pela vivência nos tempos difíceis e sempre prontos a criticar e a apontar o dedo a tudo o que está mal. Já desisti de os contestar e decidi que não me vão impedir de gostar desta cidade, influenciada por este lento fare niente africano

E geram-se algumas situações engraçadas.

Optei por viajar na LAM (Linhas Aéreas de Moçambique) assim que os voos para Portugal reabriram no inicio do ano. É mais barata que a TAP (que estava a praticar preços exorbitantes e a precisar de uma concorrência para se tornar consumer friendly) e os aviões que fazem estes voos são fretados a companhia credível. Muitos dos Tugas que tudo criticam me tentaram dissuadir, falaram com palavras gordas e conhecedoras em segurança, vozes levantadas com muitos decibeis e muitas certezas...para depois os ver apanhar o mesmíssimo avião da LAM, que por milagre se tornou seguro.

Apesar de tudo há coisas que ainda me incomodam e que eu tento desvalorizar - mas é difícil.

Iria hoje para Lisboa às 23,30 para aterrar na Portela às civilizadissimas 9,30 da manhã. Durante a semana telefonaram a dizer que afinal só poderíamos partir às 02,30 da madrugada, o que me faria aterrar às 12,30...e hoje ao fim do dia mais uma vez avisaram que o avião só saíria às 04,00 e o check-in abria às 02,00. Ou seja, se tudo correr bem estarei em Lisboa por volta das 14 horas. Com uma noite mal dormida, que me custa horrores.

E estou em casa a fazer horas para ir para o aeroporto.

Tudo continua devagar.


16
Jan 11
publicado por devagar, às 18:02link do post | comentar

Chegar ao Maputo à noite, depois de 11 horas dentro de um avião.

Um luxo ter uma manga a levar os passageiros do A340, directamente para o novo aeroporto internacional, onde o ar condicionado nos permite esperar com conforto na fila da Migração, a mostrar passaportes, DIRE's e vistos, e depois pela bagagem, num grande espaço com tapetes e carrinhos novos.

E por aqui ficam as novidades.

 

Do costume: o tempo de espera, que é o do desespero; os carregadores  a boicotar as filas; passageiros que chegam aqui pela primeira vez a stressar, habituados a ritmos acelerados; e, apesar do novo distico, a indicar o caminho para quem tem NADA A DECLARAR, toda a bagagem obrigada a passar pela máquina de raio X,  à procura de artigos a serem taxados na alfândega.

E entre sair do avião e chegar a casa são 2 horas e meia, quando o percurso de carro é de 10 minutos à hora a que chegamos.

Mas por aqui é tudo devagar.


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